Para o Ocidente.....Que o povo tibetano acredita descender de um macaco.
Tá bom, um macaco criado por Avalokitesvara ("senhor que observa o mundo") que baixou por aqui onde gerou seis híbridos numa demônia que o seduziu.
Que o Tibete destruiu países da Asia Central e a China no século 8.
Que o Tibete é um pais centralizador que só interessa ao clero que dominaria a região por deter o poder economico e político.
Que a Revolução Cultural que devastou os mosteiros tibetanos na década de 1960 não foi simplesmente "importada" dos chineses: na época, menos de cem guardas vermelhos foram ao Tibete, de modo que as turbas de jovens que queimaram mosteiros foram compostas quase exclusivamente de tibetanos.
Mas tão dizendo no Tibete.....Para as crianças desde meados de 1950, conquista chinesa, que a religião budista não tem importância.
Templos são destruidos, a cultura é dizimada não só com a palavra, mas com a violência física contra monges, mulheres, crianças.
Direitos Humanos?
Abusos políticos, culturais, sexuais.
Fim da liberdade.
Esquecem talvez do porém....
Jovens politizados, criados em escolas politizadas, afastadas no "passionalismo" e da "passividade" religiosa tendem a criar valores políticos.
Grupos politizados encontram na opressão, um movimento de reação.
A idependencia, a autonomia e a liberdade de expressão são forças inerentes do ser humano.
O que está acontecendo agora nas regiões tibetanas já não é mais somente um protesto "espiritual" pacífico de monges (como o que aconteceu em Mianmar um ano atrás), mas (também) de bandos de pessoas incendiando lojas e entrando em confornto com soldados.
Talvez.....Não seria interessante para os Estados Unidos e para a Europa que aparecessem grupos guerrilheiros na China?
Uma espécie de Al-Qaeda, Farc, Eta naquela região?
Até porque no início dos anos 1950, começou um longo, sistemático e substancial envolvimento da CIA na incitação de distúrbios anti-China no Tibete, de modo que o receio chinês de tentativas externas de desestabilizar o Tibete não era, de modo algum, "irracional".
As nações ricas ocidentais veriam o verdadeiro poder bélico da China.
A China, pais que mais cresce no mundo, teria que baixar seus olhos em outra questão fora o desenvolvimento economico.
A China correria o risco de colher o resultado imprevisivel da violência que plantou nos últimos 55 anos contra o povo tibetano:
Por dentro: um grupo armado, guerrilheiro apoiado debaixo dos panos, seja lá por qual potência internacional.
Por fora: o fortalecimento da economia de outros paises frente a um possível enfraquecimento chinês.
Tão dizendo