quinta-feira, 11 de junho de 2009

Lacan. Pra que gozar.



Nos próximos dias a Corpus Christi a cidade entra em encontros, São Paulo.
De encontro.
Em rotas próximas:
Defesas, corpos, crenças.
Suores juntos em uníssono religioso, sexual.
É evangélico, é gay, é parada. É passeata.
É tudo ao lado,
De lado um do outro.
De lado pro outro.
Um de cado lado.
Junto - separado.
Inspiração.
Expiração.
Expugnação.

E dentro daqui noto Lacan: " Você tem o direito de não gozar".

Pois é. A felicidade ainda é social, como no século XVIII na revolução francesa? Onde o objetivo da sociedade deveria ser a felicidade geral?

Quem não tá feliz toma remédio, desencontra um canto, risca o rótulo "alguma coisa anda errada em você".

Ou vira Emo.

A falta da felicidade hoje é patologia.

E o que é a felicidade expressa na coerção social?

O sucesso.

Sucesso em tudo: dinheiro, trabalho, estudo, família.

É meu caro, seja um homem de sucesso.

Já dizia o slogan da campanha do Lula em 1989: "Sem Medo de Ser Feliz".

A chuva parou.

George Harrison canta "Here comes the sun".

Só se for amanhã.

Vou folheando Lacan, assegurando o direito de não gozar.

Ah, o lado?

Do oroborus.

Um comentário:

  1. Que tal falar sobre amor, paixão, encontro e almas?
    Vidas conjuntas, individuais...

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