
Passei a manhã na Moldávia, sem nunca ter estado lá.
Estudantes, jovens, adultos foram às ruas. Cercaram o parlamento recém-eleito. Invadiram o edifício com pedaços de pau. Quebraram janelas, destruíram as cadeiras dos congressistas. Subiram no púlpito, levaram a bandeira do país. Saíram com documentos - papel de fogueira. Tudo queimado na rua. Junto com outros carros. Se pudessem levavam também os prédios púbilcos. Como não é possível, botaram fogo onde eles estavam mesmo.
Veio a polícia. Quebra-pau. Feridos, presos.
Revolta. Perdida, encontrada.

Aconteceu depois da vitória conturbada do Partido Comunista em abril de 2009, na eleição parlamentar desse país situado entre a Romênia e a Ucrânia e que já foi parte da União Soviética.
Não há trabalho para os jovens. Muitos deles fogem para a Rússia em busca de emprego.
A Moldávia não oferece muitas oportunidades. Importa gás, petróleo, carvão e energia da Rússia. Não tem riqueza mineral.
O crime organizado e desorganizado se instaura.
A região separatista das Transnistria, se auto-proclamou independente.
Famosas são as minas de Cricova, pelo menos aos amantes de vinho, cujo complexo subterrâneo de túneis alberga a maior adega do mundo, com mais de 120 km de armazéns da bebida.

Dois meses após as luta nas ruas, o presidente Vladimir Voronin impedido constitucionalmente de se candidatar a um terceiro mandato, resolveu dissolver o parlamento.
O Partido dos Comunistas da Moldávia conquistou 60 dos 100 lugares no Parlamento, mas faltou-lhe um voto para eleger o novo presidente do país.

Nenhum comentário:
Postar um comentário