quarta-feira, 18 de março de 2009

Rashomon, Akira Kurosawa (1950)



O que é a verdade?
Ela existe absoluta ou representa uma visão particular?

Crimes hediondos: estupro, assassinato, homicídio passional no Japão do século 12.

Um marido viaja com a esposa por uma floresta e é surpreendido por um famoso bandido. O crime acontece.

O acontecimento vai a julgamento num tribunal (que não é visto)sem paredes, advogados, juízes.
Não se ouve as perguntas, apenas respostas. Talvez a metáfora do próprio mundo.
Os participantes contam suas versões para nós, espectadores.

Os depoimentos do mesmo crime são diferentes, as vítimas mudam, os motivos são outros, as verdades completamente difusas.

Assassinato, suicídio, crime passional?
Estupro, paixão, entrega?
Medo, coragem, resignação?
Orgulho, preconceito?

Uma testemunha, o lenhador, prefere não se envolver. Não fala ao tribunal dos homens. Mas conta sua versão a um sacerdote, num templo destruído.

É possível perder a fé?
É possível reencontrá-la?

Um filmaço de reflexão, filosófico, de Akira Kurosawa.

E você, é o que parece ser?

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